O Pinheiro bristlecone (Pinus longaeva) é a espécie de árvore com uma das maiores
longevidades que se conhece, alguns exemplares podem ultrapassar os 5000 anos de idade. contudo seu tamanho não é
de grandes proporções, atinge aproximadamente entre 5 a 15 metros de altura e em média entre 2,5 a 3,6 metros de
diâmetro do tronco. A casca apresenta coloração amarelo-alaranjada, sendo fina e escamosa na base do tronco. As
folhas são agrupadas em conjuntos de cinco, medindo de 2,5 a 4,0 centímetros de comprimento, possuindo coloração
superior verde a verde-azulada e inferior branca. As folhas possuem também uma das maiores longevidades, estudos
de Ewers & Schmid em 1981 acompanharam folhas que duraram mais 45 anos para cairem.
Ocorrem nos EUA, mais precisamente na Califórnia, Nevada e Utah, com predominância em terenos
elevados, como as White Mountains na Califórnia, com alturas entre 1700 a 3400 metros de altitude e baixas
temperaturas, possuem grande tolerância para temperaturas baixas e secas. Justamnte devido a este clima, ao qual
os cientístas acreditam influenciar fortemente na longevidade das árvores e que mesmo após a morte da árvore, o
clima chega a conservar seus troncos por mais de 10 mil anos, sem grandes apodrecimentos.
No nordeste do monte Charleston nas Montanhas de Spring próximo a Las Vegas, Nevada, no
the Great Basin National Park, existe o maior Pinus longaeva conhecido, com 3,68 metros de diâmetro e 18,3 metros
de altura com apenas 1500 anos de idade (medição realizada em Fevereiro de 2004). Em Utah essa espécie costuma
ocorrer na região nordeste em Wasatch Range.
Uma das árvores mais velhas conhecida é um Pinus longaeva denominado "Matusalém", tinha 4.789
anos de idade quando Edmund Schulman e Tom Harlan tiraram uma amostra sua, em 1957, com uma data de germinação
estimada em 2.832 a.C. (Matusalém é uma figura biblíca cuja vida é a mais longa mencionada na Bíblia, chegando aos
969 anos de idade). Matusalém é uma das árvores e o organismos não clones mais velhos do mundo, com 4.846 anos
em 2015. Ela está localizada em um local secreto, para sua preservação, conhecido apenas com "Bosque de Matusalém", ,
no Ancient Bristlecone Pine Forest na Floresta Nacional Inyo, nas Montanhas Inyo na Califórnia. Uma outra árvore
dessa mesma espécie morta recentemente, teve seu tronco serrado e foi datada em 4844 anos de idade, localizada em
Wheeler Peak, Nevada. outros casos como esse mostram árvores mortas e conservadas com idades entre 7 mil a 10 mil
anos e seu estudo nos motra como seria o clima daquela região durante estes períodos.
Tom Harlan identificou outra árvore que indica ser mais velha ainda que Matusalém, ela foi
datada de 3.050 a.C., possuindo então na época em 2012, 5.0662 anos de idade e em 2015, 5.065 anos de idade. A
identidade e o local onde ela se encontra são mantidos em segredo por Harlan. Já foram catalogadas mais de 200
árvores com mais de 3000 anos de idade e mais de 20 árvores com mais de 4000 anos de idade. Essas árvores mais
velhas apresentam cascas com enormes fissuras, grande parte da árvore já se encontra morta, apresentando muitas
vezes apenas alguns galhos contendo folhas verdes.
Sobrevivem em solos alcalinos e a base de dolomita. Seus cones são ovóides, apresentando
cerca de 5 a 10 centímetros de comprimento e 3 a 4 centímetros de diâmetro. Demoram cerca de 16 meses para
"amadurecerem", soltando em seguida grande quantidade de frágeis sementes em formato de escama. Cada escama possuí
entre 2 a 5 milimetros de comprimento e apresentam "asas" de 12 a 22 milimetros de largura, que auxiliam na
dispersão pelos ventos.
Dados da árvore: Nome Popular: Pinheiro Bristlecone, Bristlecone pine ou the Great Basin bristlecone pine. Nome Científico:Pinus longaeva Família: Taxodiaceae Local de Origem: América do Norte Diâmetro do tronco: 3,7 metros Altura: 18,3 metros Longevidade: 5000 anos
Referências:
- Conifer Specialist Group (1998). Pinus longaeva. 2006. IUCN Red List of Threatened Species. IUCN 2006.
- Ewers, F. W.; Schmid, R. (1981). "Longevity of needle fascicles of Pinus longaeva (bristlecone
pine) and other North American pines". Oecologia 51: 107–15. doi:10.1007/BF00344660.
- Howard, JL (2004). "Pinus longaeva". Fire Effects Information System. USDA. Retrieved 20081202.
- Lewington, A; Parker E (1999). Ancient Trees: Trees that Live for a Thousand Years. London: Collins &
Brown Ltd. p. 37. ISBN 1855857049.
- Moore, Gerry; Kershner, Bruce; Craig Tufts; Daniel Mathews; Gil Nelson; Spellenberg, Richard; Thieret, John W.;
Terry Purinton; Block, Andrew (2008). National Wildlife Federation Field Guide to Trees of North America. New York:
Sterling. ISBN 1402738757.
- "Oldlist". Rocky Mountain Tree Ring Research.
- Owen, James. "Oldest Living Tree Found in Sweden". National Geographic.
- Stritch, L., Mahalovich, M. & Nelson, K.G. (2011). "Pinus longaeva". IUCN Red List of Threatened Species.
International Union for Conservation of Nature.
- "The Gymnosperm Database", "The Ancient Bristlecone Pine - Pinus longaeva".
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