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Bananeira

Bananeira - Flora AVPH Bananeira - Flora AVPH Bananeira - Flora AVPH
Bananeira - Flora AVPH Banana - Flora AVPH

    As bananeiras são plantas do gênero Musa (Musa sp) um dos três pertencentes a família Musaceae, que incluem as bananeiras que produzem frutas, fibras e flores. O nome do gênero Musa foi criado por Carl Linnaeus em 1753, sendo talvez derivado de Antonius Musa, físico do Imperador Augustus ou então pode ter sido uma adaptação da palavra arabe para banana que é mauz. Existem cerca de 70 espécies de Musa reconhecidos pela "World Checklist of Selected Plant Families" em janeiro de 2013, elas são utilizadas para diversas finalidades, sendo as variedades de bananas selvagens, todas originárias do sudeste Asiático.

    São caracterizadas por possuírem um caule suculento e subterrâneo conhecido como rizoma. O que parece ser o tronco da árvore é na verdade um "falso tronco", chamado de pseudocaule que é formado pelas bainhas superpostas das suas folhas. As folhas são em geral bem grandes e alongadas, para aproveitar bem a luz solar abaixo de outras árvores maiores nas florestas tropicais. Essas folhas possuem coloração verdeclara e são bem brilhantes. As flores se arranjam lateralmente em volta do chamado "coração" da bananeira, com glomérulos androgínicos (na verdade, os glomérulos superiores são masculinos e os inferiores são femininos).

    A fruta conhecida como banana é na verdade uma pseudobaga com polpa macia e doce, com excessão das chamadas bananas da terra que possuem polpa mais rija e de casca mais firme e que costumam ser assadas, cozidas ou fritas para consumo. Essa fruta constitui o alimento base de muitas populações de regiões tropicais, principalmente em sua região de origem, o sudeste asiático. As bananas se formam em cachos na parte superior dos "pseudocaules" que nascem do verdadeiro caule subterrâneo. As bananas se formam em "pencas" de cerca de 20 bananas, os cachos podem ter 5 a 20 pencas e podem pesar entre 30 a 50 quilogramas dependendo da variedade. Cada banana pesa em média 125 gramas e é composta de 75% de água e 25% de matéria seca. São fontes de diversas vitaminas e após a maturação das frutas, o pseudocaule morre e seus nutrientes são reabsorvidos pela planta, sendo produzido em seguida um novo pseudocaule. A casca da banana geralmente não é utilizada, contudo, ela possuí vários nutrientes, açúcares naturais como a glicose e sacarose e minerais, podendo ser aproveitada no consumo como alimento.

    O Valor nutritivo de 100 gramas de banana prata:
Macrocomponentes:
- Água (g) 74,26
- Energia (kJ) 385 (92 kcal)
- Proteína (g) 1,03
- Lipídeos (total) (g) 0,48
- Carboidratos, por diferença (g) 23,43
- Fibra dietética (total) (g) 2,4
- Cinzas (g) 0,8
Minerais:
- Cálcio, Ca (mg) 6
- Ferro, Fe (mg) 0,31
- Magnésio, Mg (mg) 29
- Fósforo, P (mg) 20
- Potássio, K (mg) 396
- Sódio, Na (mg) 1
- Zinco, Zn (mg) 0,16
- Cobre, Cu (mg) 0,1
- Manganês, Mn (mg) 0,15
- Selênio, Se (µg) 1,1
Vitaminas:
- Vitamina A (Retinol) 81 UI
- Vitamina A (Retinol) 8 µg_RE
- Vitamina B1 (Tiamina) 0,04 mg
- Vitamina B2 (Riboflavina) 0,1 mg
- Vitamina B3 (Niacina) 0,54 mg
- Vitamina B5 (Ácido pantotênico) 0,26 mg
- Vitamina B6 (Piridoxina) 0,57 µg
- Vitamina B9 (Ácido fólico) 19,1 UI
- Vitamina C (Ácido ascórbico) 9,1 mg
- Vitamina E (Tocoferol) 0,27 mg_ATE

    O cultivo de bananas tem início entre 8.000 a 5.000 anos a.C. na Nova Guiné, se expandindo logo em seguida para quase todo o sudeste asiático. Os relatos mais antigos sobre essa fruta são textos budistas de cerca de 600 anos a.C., no entanto, plantações organizadas de banana só foram observadas a partir de 300 d.c. na China. Em 650 d.C. mercadores árabes começaram a comercializar a fruta na Palestina e por grande parte de África, onde recebeu o nome "banana", sendo adotado depois pelos portugueses, espanhóis e ingleses. Nos séculos XV e XVI, os portugueses começaram a plantar bananeiras em suas colônias, chegando ao Brasil, local onde se adaptou de forma fantástica.

    O género Musa é classificado em 4 grupos: Musa, Rhodochlamys, Callimusa e Australimusa, segundo a quantidade de cromossomos que as espécies possuem (20 - Callimusa e Australimusa ou 22 - Musa e Rhodochlamys).

    As Australimusa compreendem 5 espécies, sendo as mais conhecidas, a Musa textilis e a Musa fehi. Apresentam cachos e "corações" eretos, são utilizadas para a extração de suas fibras, para o consumo dos frutos e para paisagismo.

Musa textilis - Flora AVPH Musa fehi - Flora AVPH

    As Callimusa compreendem 6 espécies de pequeno tamanho, sendo as mais conhecidas a Musa coccinea e a Musa velutina. Apresentam cachos verticais para cima com colorações exuberantes (vermelho, rosa, etc), são muito utilizadas para paisagismo.

Musa coccinea - Flora AVPH Musa velutina - Flora AVPH Musa velutina - Flora AVPH Musa velutina - Flora AVPH

    As Rhodochlamys compreendem diversas espécies, sendo as mais conhecidas a Musa ornata, Musa aurantiaca e Musa laterita. Apresentam inflorescências verticais para cima compostas de poucas flores bem coloridas, são muito utilizadas para paisagismo.

Musa ornata - Flora AVPH Musa aurantiaca - Flora AVPH Musa laterita - Flora AVPH

    As Musa ou Eumusa compreendem diversas espécies, sendo as mais conhecidas a Musa acuminata e a Musa balbisiana. Apresentam cachos e "corações" cadentes, seiva leitosa, frutos comestíveis de grande valor nutricional e comercial, são as bananas comestíveis comuns. As bananas comerciais mais encontradas atualmente são híbridos desenvolvidos pelo homem entre estas duas espécies.

    A Musa chiliocarpa comumente conhecida como bananeira mil dedos, é nativa da Indonésia e seus cachos podem chegar a ter 3 a 4 metros de altura, eles somente param de crescer quando o coração do cacho toca o solo. É uma banana própria para cozimento, similar a famosa banana terra.
Bananeira musa chiliocarpa - Flora AVPH Bananeira musa chiliocarpa - Flora AVPH Bananeira musa chiliocarpa - Flora AVPH

    Algumas espécies selvagens ainda apresentam numerosas sementes, grandes e duras.

Banana - Flora AVPH Banana - Flora AVPH

    Devido as bananas possuírem elevados teores de potássio em sua composição, elas são levemente radioativas, devido a presença do isótopo radioativo potássio (40) distribuído no potássio (39) não radioativo. No entanto essa radioatividade da banana é muito pequena, não provocando nenhum problema de saúde, mesmo em grandes carregamentos de banana em caminhões e navios, que podem ser suficientes até para disparar detetores ou sensores de radiação mais precisos.

Dados da árvore:
Nome Popular: Bananeira
Nome Científico: Musa sp
Local de Origem: Sudeste Asiático
Diâmetro do tronco: 0,3 metros
Altura: 5 metros
Longevidade: 15 anos

Classificação Científica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Subclasse: Zingiberidae
Ordem: Zingiberales
Família: Musaceae
Gênero: Musa
Espécie: Musa sp

Sinônimos:
- Musa sapientum
- Musa paradisiaca

Referências:
- http://www.plantnames.unimelb.edu.au/Sorting/Musa.html
- DENHAM, T., Haberle, S. G., LENTFER, C., FULLAGAR, R., FIELD, J., PORCH, N., THERIN, M., WINSBOROUGH, B., & GOLSON, J.. Multidisciplinary Evidence for the Origins of Agriculture from 69506440 Cal BP at Kuk Swamp in the Highlands of New Guinea. [S.L.]: Science: 2003.
- MACHADO, J. L. A. Banana: a musa paradisíaca. A história de um alimento que se tornou ícone.
- MANICA, I. Fruticultura Tropical 4. Banana. Cinco Continentes Editora, 485p., 1997.




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